Alarmes de Incêndio
Grandes empresas, condomínios comerciais e residenciais devem estar atentos a um item de grande importância para a segurança de seus colaboradores e moradores: o sistema de alarme de incêndio. Esse conjunto de equipamentos é indispensável em edificações que reúnem um grande número de pessoas, pois atua nos instantes iniciais do foco de incêndio sinalizando aos ocupantes do ambiente.
O correto funcionamento do sistema de alarme de incêndio é de responsabilidade direta dos administradores dos edifícios e das empresas (síndicos, responsáveis legais). Se, em caso de sinistro, o sistema não operar corretamente, causando danos físicos/materiais, serão eles os que responderão civil e criminalmente.
No entanto, a manutenção preventiva não deve ser encarada apenas como uma obrigação legal. É preciso que os administradores dos condomínios e os gestores de segurança nas empresas conscientizem-se de que manter os equipamentos contra incêndio em boas condições pode evitar enormes prejuízos e salvar vidas.
Neste artigo, vamos falar sobre o funcionamento do sistema de alarme de incêndio e da NBR 17240, que regulamenta sobre o projeto, a instalação, a manutenção e os testes normativos, além das rotinas de manutenção que podem ser mantidas por síndicos e gestores para ajudar na prevenção de falhas no sistema.
Equipamentos necessários no sistema de alarme de incêndio
O sistema de alarme de incêndio é composto por alguns itens, que funcionam em conjunto na deteção e sinalização de fumaça e fogo. Todos eles precisam estar interligados para o correto funcionamento do sistema. Os principais itens são:
- Central de alarme – recebe informações dos detectores e caso identifique algum princípio de incêndio, processa as informações e decide ou não pela ativação do alarme.. Além do alarme, também verifica possíveis falhas na instalação, como curto-circuito, cabeamento rompido, entre outras. São dois tipos de centrais: as endereçáveis, que indicam o local exato com foco de incêndio e o tipo do dispositivo que foi ativado; e as convencionais, que sinalizam apenas a localização do evento
- Acionadores manuais – são destinados a aplicações onde a detecção automática não é eficaz, dependendo da ação humana para o seu acionamento.
- Detectores – são dispositivos que monitoram o ambiente fornecendo a central informações, sejam elas sobre temperatura, fumaça, monóxido de carbono, gases, dentre outros.
- Sinalizadores – é através da ativação desses dispositivos, que emitem sinais sonoros e luminosos que os ocupantes da edificação são alertados sobre o princípio de um incêndio. A ativação pode ocorrer por áreas setorizadas ou simultânea em todos os ambientes.
Manutenção preventiva garante a segurança
Como falamos, a manutenção preventiva no sistema de alarme de incêndio precisa ser uma prática comum entre síndicos e gestores de condomínios comerciais e residenciais, não só pelas implicações legais, mas também para garantir a segurança interna. Vale lembrar ainda que as seguradoras estão começando a exigir os laudos de manutenção para novas contratações ou até mesmo renovação de apólices. A NBR 17240 é a norma que regulamenta toda a instalação e manutenção do equipamento.
NBR 17240
Segundo a Norma da ABNT, NBR 17240, a manutenção preventiva e corretiva deve ser executada por técnicos habilitados e treinados. Após testar todos os dispositivos e garantir que estão em plenas condições de uso, estes profissionais devem apresentar um relatório assinado, citando as condições de funcionamento do sistema, com informações como a hora, data e período de garantia dos serviços prestados. O relatório é o chamado de Laudo de Funcionamento e precisa ser renovado anualmente.
As regras da NBR 17240 determinam que uma boa manutenção consiste em diversas atividades e testes, que vão desde a medição de correntes e tensões até ensaios e verificações de possíveis alterações no projeto. É preciso testar 100% do sistema durante o ano, porém os testes podem ser feitos por amostragem de 25% dos dispositivos a cada três meses.
Rotinas de manutenção
Mesmo que um dispositivo aparentemente não esteja com problemas, é preciso sempre testá-lo para que ele responda corretamente quando for utilizado. Além da manutenção estabelecida para o sistema de alarme, os síndicos e gestores de segurança das empresas também podem fazer pequenos testes independentes no dia a dia.
Até porque, existem outros itens que englobam a proteção contra incêndios e eles não podem ser deixados de lado. É preciso estar atento também às condições de:
- Extintores;
- Hidrantes;
- Mangueiras;
- Pára-raio;
- Fiação elétrica;
- Central de gás;
- Escada de emergência;
- Porta corta fogo;
- Sprinklers (chuveiro automático);
- Sistema de iluminação de emergência.
Sobre o custo benefício:
A instalação é simples e rápida, e por ter um custo de manutenção baixo, é completamente acessível para quem quer ter um em casa.